domingo, 7 de abril de 2013

A história do zero - parte 01


“ Se você olhar para o zero, você não vê nada; mas olhe através dele e você verá o mundo”. Robert Kaplan

Zero: a revolução do nada.

A partir do advento da agricultura, o homem tornou-se sedentário e passou a organizar-se socialmente.

Começou então a realizar o planejamento e a divisão do trabalho, além de compartilhar a terra, estudar os ciclos das estações do ano e a realizar a contagem do tempo através de calendários. A observação dos astros levou o homem a aprimorar a sua percepção dos números.

A numeração escrita é provavelmente tão antiga quanto a propriedade privada. Acredita-se que o desejo do homem de registrar seus rebanhos e seus bens, além de suas transações comerciais e arrecadação dos impostos sejam os responsáveis pelo surgimento da numeração escrita.

O registro numérico escrito era realizado através de entalhes e arranhaduras em pedras, marcas em argila, etc. Os registros mais antigos de  sistema numérico escrito pertencem aos sumérios e aos egípcios.

A partir do surgimento dos primeiros registros numéricos na Antiguidade  há uma grande evolução dos numerais cuja expressão mais significativa encontramos nos sistemas ordinal dos gregos e cardinal dos romanos, mas é na “invenção” do zero que reside a maior revolução dos sistemas  de numeração. Ainda que muitos acreditem na insignificância do número zero e o comparam  ao nada, estes não possuem ideia da importância deste número.

Muitas regras que valem para todos os outros números não servem para o zero. Por outro lado, ele tem um poder revolucionário de aumentar o valor de um número potencialmente quando colocado à sua esquerda, multiplicando-o por dez, cem, mil, etc. Desta forma, passa-se do nada ao tudo.

O zero tem uma relação ambígua com o ser e o não ser. A  invenção do zero é, sem dúvida, um grande avanço para a humanidade!

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